domingo, fevereiro 28, 2010

Leya acusada de destruição de edições históricas

Como nunca é demais chamar a atenção para certas coisas que se passam no nosso país, aqui fica uma notícia do JN, que me deixou apalermada, depois de ler o poste da Teresa no Os Meus Óculos do Mundo. Como é que é possível que, em pleno século XXI se façam barbaridades destas, estando os livros, na sua grande parte, com preço quase proibitivo. Havendo tanta gente que gostaria, muitas das vezes, de adquirir alguma das obras dos aurores que estão na lista dos livros a destruir, não seria mais lógico facilitar a sua aquisição a um preço mais metódico, ou, como salienta a Teresa, oferecê-los a certas instituições?!?

Estamos a destruir Livros?
"Esta semana, até parece que estou numa qualquer cruzada contra o nosso Ministério da Cultura, mas não é verdade. O que acontece é que acabo de tropeçar em mais uma notícia daquelas que nos faz questionar: "Onde está o Ministério da Cultura, quando precisamos dele?"
Segundo descobri no Sebenta do Nando, há várias Editoras a destruir livros, dando como razão o facto de já não terem saída comercial. O método já não é a fogueira, agora é a guilhotina, sem dúvida um método mais discreto e ecológico. Mas... há no meio dos livros destruídos obras de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Eduardo Lourenço, Vasco Graça Moura, Maria Teresa Horta e tantos outros autores importantes da Língua Portuguesa! Será que também já não têm valor comercial? E, mesmo que assim seja, não há outros fins mais dignos?
Estamos sempre a ser solicitados para campanhas de doação de livros para escolas em países lusófonos, por exemplo. Não seria possível doar esses livros e, com o patrocínio da nossa transportadora aérea nacional, fazê-los chegar onde são necessários? Então e o Ministério da Cultura e o Instituto Camões, não achariam uma boa ideia enviar estes livros para bibliotecas regionais ou para os leitorados, que se esforçam por difundir a Língua de Camões e de Pessoa por esse mundo fora? O próprio Ministério da Educação, assim como o Instituto das Comunidades, não conseguiriam imaginar um destino mais apropriado para estes milhares de livros, nestes tempos em que tanto se fala do Plano de Leitura?
Não sei, isto de destruir livros faz-me impressão. Se calhar o defeito é meu."

Está já a correr uma Petição para impedir a destruição de livros. Se alguém quiser aceder e assinar, é só clicar: Petição Mil - Não destruam os livros!


5 comentários:

  1. Rosa
    Não podemos ficar indiferentes, não é?
    Olha, põe também o link da petição, pode ser que alguém queira assinar.
    Bjs
    (Então, o nosso logotipo?)

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  2. Fiquei estupefacta! Há tanta aldeiazinha aqui mesmo em Portugal onde há falta de livros...por que não mandá-los para lá? E Timor, Angola, Moçambique? Sempre com campanhas para mandarmos livros portugueses para esses países e as autoridades destroiem? Isto é como vermos o Papa a rezar pelo Haiti e Madeira e não vermos nunca a notícia de que o Vaticano mandou para lá dinheiro; estado rico como é, bem que podia doar alguns euros. Agora com os livros é a mesma coisa; o pobre que doe...que seja solidário..., isto tudo me põe doente!!!Até perdi o sono! Um beijinho e é como eu sempre digo...o homem é tão irracional!!!!Até breve, amiga!
    Emília

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  3. Gostaria de convidá-la a visitar meu blog tem idéias e receitas bem legais!
    http://casadfarinha.blogspot.com/
    Uma ótima semana para você!
    bjks

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  4. Já pensou na comida que todos os dias se manda destruir ? No dinheiro que é gasto a comprar droga com tantas pessoas a precisar dela para comprar comida. Deixemos de hipocresias. Sejamos realistas. Também não concoredo com a destruição (abate) mas quais as alternativas que o estado propõe. Temos sempre que pensar nos prós e contas.

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  5. sinceramente.. a destruirem livros...

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