domingo, abril 24, 2011

A todos os meus amigos, desejo uma Páscoa feliz, cheia de coisas boas, doces e com a família à volta, se for caso disso.


quarta-feira, abril 06, 2011

Já ando a dizer isto há tanto tempo...


Qualquer dia, as nossas escolas só têm "caquéticos" a arrastarem-se de uma sala para a outra, até porque já nem serão capazes de ir à sala de professores a tempo de regressar. Usarão fraldas descartáveis, para não largarem as turmas para irem à casa de banho. E todas as outras coisas próprias de pessoas idosas, esquecidas... Não que o sejam, mas que se tornem envelhecidas pelo dia a dia de gritos, indisciplina, falta de educação e tudo o mais que grassa pelas nossas escolas.
Mais uma vez eu repito: todas as nossas leis, decretos e ofícios são inventados, elaborados e enviados cá para fora, por gente que está sentada em gabinetes, no seu sossego e com ar condicionado, sem qualquer conhecimento REAL da situação REAL do que se passa nas escolas. Pelo menos é o que parece!
Mais uma vez partilho a opinião de Ramiro Marques no ProfBlog.



"Ensinar até aos 67 anos de idade?Estão loucos?



Ouvem-se vozes autorizadas a defender a idade da reforma aos 67 anos com a justificação do aumento da longevidade, envelhecimento da população e rotura financeira do sistema de pensões.

Tudo razões de peso. Vários países europeus, entre eles a Alemanha, aprovaram legislação no sentido de aumentar progressivamente a idade da reforma para os 67 anos.

Nas condições atuais de exercício da docência em Portugal, é impossível manter os professores na profissão até aos 67 anos de idade. Seria o mesmo que condená-los a uma morte precoce tal o nível de indisciplina existente nas escolas portuguesas.


Se tal acontecer, urge introduzir alterações profundas na forma como é exercida a profissão, entregando as funções sociais, de animação, administrativas e de prestação de contas a outros grupos profissionais. A animação deve ser feita por animadores, a assistência social por educadores sociais e as tarefas administrativos por assistentes administrativos.

A autoridade dos professores, dentro da sala de aula, tem de ser reforçada, colocando ao serviço deles mecanismos que travem de imediato o mau comportamento, a indisciplina e a violência verbal e física. 

Ensinar em Portugal é uma tarefa muito mais complexa e difícil do que fazê-lo nos países onde a profissão docente mantém a autoridade e se centra no ensino. Há muito que deixou de ser assim em Portugal."