sábado, novembro 29, 2008

Não há duas sem três...

Não há duas sem três, como se costuma dizer, e a mim já só me falta a terceira.
Há muitos anos atrás, e acreditem, já lá vão alguns, fui ver o mesmo filme duas vezes seguidas, com amigas diferentes. "GREASE", com John Travolta, era o filme.
Lembro-me perfeitamente, apesar de todo o tempo passado, a sensação boa, agradável, alegre, ao sair do Tivoli (em Coimbra), depois de ver toda aquela dança e ouvir toda a música que me fez vibrar. Apetecia-me dançar pelo passeio até à Portagem.
Pois é, tornou a acontecer, agora com a música dos Abba e com o filme "MAMMA MIA". Com a diferença, agora, que saí do cinema um pouco mais retraída, mais calada, do que quando fui ver na primeira vez. Talvez por estar na cidade onde vivo, me tenha sentido menos à vontade, mas ainda assim, fui cantando baixinho, não fosse incomodar o vizinho do lado. É engraçado, mas não senti muita gente a reagir àquelas cenas que me fizeram rir com vontade (e eu até nem sou pessoa para rir facilmente num filme...) e nem vi, pelo menos à minha volta, alguém a vibrar como eu estava. Eu e a minha amiga Fátima, claro! Estamos sempre nessa, prontas para uma boa música, uma boa dança, um bom convívio. Faltou a Célia, mas disse que já está farta de ouvir o CD e preferiu não repetir a dose do grande écran, para não começar a detestar o que lhe deixou um bom gostinho...
Qual será o terceiro que irei repetir? É que não há duas sem três...

quinta-feira, novembro 27, 2008

Não à Pedofilia!

Uma amiga do Space, a Maria, mais uma das revoltadas pela fantochada que parece ser este interminável "Julgamento da Casa Pia", encontrou uma forma de se manifestar sobre este assunto. Como sou solidária, e eu própria me sinto revoltada por toda esta situação, resolvi divulgar aqui este slide.

Petição - Acenda uma Vela/Petition - Light a Candle

As Manifestações continuam

quarta-feira, novembro 26, 2008

É que era já!!!


Estou a precisar de ver outras terras, falar uma língua diferente, com pessoas de outros países, outras cabeças, outros climas...
Vá, Euromilhões, dá lá uma ajudinha..
Não quero muito. Só o suficiente para dar a volta ao mundo, ir aos cantos mais recônditos, com as paisagens mais naturais e desorganizadas e, se possível, estar uns tempitos de papo para o ar, ao sol quentinho de uma praia...
É que era já!!!

terça-feira, novembro 25, 2008

Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher

Uma em cada três mulheres é alvo de violência na sua vida

"Em média, uma mulher em cada três sofre de violência na sua vida, desde espancamentos a relações sexuais impostas ou outras formas de maus-tratos, segundo um relatório do secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, divulgado em Outubro. Hoje é Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres e realizam-se várias manifestações e colóquios em todo o mundo." (in, PÚBLICO, 25.11.2006)




"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade."

Pablo Neruda

E poder-se-ia acrescentar o que foi escrito num dos comentários...

"...morre lentamente o homem que, tresloucado e repugnante, agride uma mulher."
Gilbamar

segunda-feira, novembro 24, 2008

Dia Nacional da Cultura Cientifica


Poema para Galileo, por Rómulo de Carvalho

Hoje é o Dia Nacional da Cultura Cientifica e seria o dia do aniversário de Rómulo de Carvalho, se ainda fosse vivo (1906 - 1997).
Quem não conhece António Gedeão e o seu famoso poema
Lágrima de Preta, lido nas aulas de Português?

Lágrima de Preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima para analisar.

Recolhi a lágrima
Com todo o cuidado
Num tubo de ensaio
Bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro
nem vestígios de ódio,
água (quase tudo)
e cloreto de sódio.




Lágrima de Preta (espero que tenham paciência para não desistir logo na 1ª paragem)

domingo, novembro 23, 2008

Dois amores

Quem sou eu para falar de futebol?
Mas numa situação destas, o coração fica dividido e sem saber para onde tombar ou por quem torcer.
Em minha casa, respira-se Benfica por todos os poros e, claro, eu, que até nem ligo ao dito desporto rei, acabo por dar por mim a vibrar, quando um golo é marcado, ou a sentir um arrepio quando vejo a águia Vitória a sobrevoar toda aquela massa associativa, em dia de jogo na Luz. Além disso, o engraçado é que colegas de escolas parceiras europeias, têm ido à Luz, levados pelo meu marido e têm vibrado com o clube que, também eles, tão bem conhecem no seu país. E não posso esquecer, claro, o Jakob, o nosso filhote alemão, que é um adepto ferrenho do Benfica!
Mas a Académica também tem a sua importância cá em casa. Vivi quase toda a minha vida em Coimbra, pertenci à Associação Académica enquanto estudante da Universidade e o meu marido aprendeu a amar o Clube enquanto esperava os nossos filhos que estavam para nascer, tendo em conta o tempo que estávamos em Coimbra, por essas alturas., o que lhe permitia ir assistindo a jogos no campo da Académica.
Neste momento jogam as duas equipas.
Pois que ganhe o melhor, ou seja, o que consiga marcar mais golos.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Canetas


Adoro canetas de tinta permanente!

Desde sempre, quando entrei na escola primária, escrevi com a caneta de tinta permanente que já fora da minha mãe e, até hoje, é a minha marca pessoal na escrita. Gosto do traço esguio, do deslizar da ponta do aparo enquanto a tinta escorre para o papel e gosto de apreciar o resultado final de um texto escrito à mão.

A caneta da minha mãe (a pequenina que aparece à direita) já deve ter mais de 60 anos, tendo em conta os que já passaram desde que está nas minhas mãos e imaginando desde quando ela pertencia à sua primeira dona.
Uma daquelas coisas que eu não esqueci do meu tempo de escola, foi uma vez em que, voltando das aulas, quando, depois de já ter andado dois terços do caminho e pouco faltar para chegar a casa, notei que não tinha a caneta. Bom, voltei para trás e corri tanto, mas tanto, que , apesar de sentir as lágrimas a correr pela cara, cheguei num instante à escola (que por milagre ainda tinha gente) e foi com um alívio enorme que vi a caneta na minha carteira, naquela ranhura que havia para colocarmos as canetas e os lápis.
Infelizmente, e para grande tristeza minha, a caneta já não funciona e nem tem arranjo. Por isso a guardo com todo o carinho. Não só porque gosto de canetas, mas, principalmente, porque é uma recordação muito importante da minha mãe.

Mas o que despoletou todo este texto foi que, ao passar as folhas da revista Única, do Expresso, dei de caras com esta peça de uma edição limitada de Dunhil Sidecar, com o nome de Victorian Fountain, inspirada nos finais dos anos 50.
Não sei se dará para ver e apreciar, mas o aparo trabalhado é uma maravilha e a simplicidade do corpo da caneta, torna-a, na minha opinião, numa peça lindíssima.
Tenho, na minha pequeníssima colecção, algumas canetas bonitas, outras que, coitadas, não têm gracinha nenhuma, mas, de vez em quando, gosto de abrir as gavetas e escolher uma, colocar-lhe dentro um recarga (até nisso os tempos tiraram a graça que é carregar uma caneta, mergulhando-a num tinteiro Pelikan...) e levá-la para a escola, para escrever os sumários no livro de ponto. Por vezes, há algum aluno mais observador, que exclama logo "A professora hoje traz uma caneta nova!", e, quase sempre, numa das aulas seguintes, aparece mais uma caneta de tinta permanente, comprada na papelaria da escola...

quinta-feira, novembro 20, 2008

War and Peace





Hoje o dia não foi fácil, mas, como já disse anteriormente, não quero que este espaço se torne no muro das lamentações.

Nas minhas deambulações nocturnas pela net, encontrei esta reprodução de Picasso e é engraçado que senti uma calma interior ao olhar para a imagem. O que, de certo modo, foi muito bom para os turbilhões que se faziam sentir no meu espírito.



War and Peace, Pablo Picasso

quarta-feira, novembro 19, 2008

Poesia Poliglota

A linguagem per le innamuratti,

is talking avec le coeur...

Se no hablan the same idioma...

Ça suffis parlare con le mani...

Para se amar really, really,

chi bisogna seulement

que se tenga much love nel cuore...

Per bacciare... no se habla

nadica de nada...

les bouches sont grudadinhas...

The kiss c'est vraiment

internazionale... nada se habla...

Donc, it's not necessaire

se cappire las cosas que pensamos...

Doppo, cuando esteamos in the bedroom,

sur le lit d'amore... Falar prá que?

Chi bisogne just action...

Se trabaja avec the hands,

perche perdre temps hablando...

Facciamo l'amore... is the best...

D'accord my honey?

Entonces, mi amorcito, my love,

mio amore, ma douce cherie,

vamos botá prá quebrá...Ok?


Marcial Salaverry