Tinha 12 anos e tinha medo
E tinha um pesadelo
E um pântano no olhar
E o corpo numa grade
E a alma numa cela
E o sonho de um rio
Onde o medo se afogasse.
Tinha doze anos e uma escola
Que lhe ceifava as asas
E o fechava nesse medo
Que tinha e tinha doze anos!
"Tão jovem! Que jovem era?
Agora que idade tem?"
Chamava-se Leandro e era pequenino
Com um pavor tão grande
Que se abraçou às águas
No rio triste que o acolheu
Para o libertar do pântano
Onde o medo lhe tolhia
O respirar de cada dia.
E voou...
Que céu te acolhe, Leandro?
Que escola te matou?
Tão triste isto que aconteceu|||| Não ternho nem palavras||| Este menino já tinha estado no hospital por ter apanhado e ninguém conseguiu salva-lo, primeiro, do medo que sentia dos colegas e depois da morte.Espero que pelo menos sirva de lição para os pais que não ensinam os filhos a respeitarem todos os colegas; nunca admiti que os meus filhos troçassem dos amigos,ou porque eram gordinhos, ou porque usavam oculos, ou por outro motivo qualquer; acho que temos que os ensinar a repeitarem e a serem solidários com os colegas e sempre defenderem os que não conseguem defender-se dos outros que se acham mais espertos.Como sempre, há aqui também aquilo que estamos cansados de comentar: falta de pais na verdadeira acepção da palavra. Um beijinho e até breve
ResponderEliminarEmília
Rosa
ResponderEliminarSinto-me envergonhada e revoltada com a escola que temos, que nos obrigam a ter.
Também pus este poema no meu blogue.
Bjs