João Pedro de Andrade

Hoje, João Pedro de Andrade faria 108 anos.

Quem é/foi João Pedro de Andrade?

Apenas o "conheci" já como o nome escolhido para Patrono da escola onde trabalho.

Até essa altura, nunca tinha ouvido falar do senhor, mas afinal, eu nem sou da sua terra natal. Caí cá de pára-quedas, que é como quem diz, vim para cá trabalhar.
Quando era coordenadora da biblioteca da escola, tive o privilégio de conhecer a família do escritor, na altura composta pelas duas filhas e o genro. Foram várias as cerimónias que aconteceram na época ( isto há 8 ou 9 anos), incluindo a divulgação das suas obras, a celebração das datas do seu nascimento e sua morte, enfim, motivos suficientemente importantes para que esses dias fossem um marco na escola que tem o seu nome.
Gostei de conhecer, pessoalmente, algumas pessoas de Ponte de Sor, que apenas conhecia de vista e foi nessa altura que descobri a faceta literária de Raúl Cóias (ver aqui), que, além de ter sido meu colega na antiga Escola Secundária, era também o representante da Câmara Municipal.
No entanto, tudo vai perdendo a sua importância e hoje, João Pedro de Andrade não passa de um nome que vem a seguir ao E.B.2,3...

Mas voltando ao assunto, João Pedro de Andrade, hoje nome da E.B. 2,3 de Ponte de Sor, foi um...

... "Autor dramático, ensaísta, crítico literário nascido em 1902, em Ponte de Sôr, e falecido em 1974, em Lisboa. Frequentou o curso comercial do Ateneu de Lisboa e exerceu a profissão de contabilista. Manifestou, no domínio da crítica teatral e literária, nas páginas de O Diabo, Seara Nova, Diário de Lisboa, Comércio do Porto e Diário Popular, um sentido de independência e de acuidade crítica face às polémicas literárias surtidas, entre o fim dos anos trinta e o início dos anos quarenta, da dissensão entre os grupos neo-realista e presencista. João Pedro de Andrade colaborou simultaneamente na Presença (devendo-lhe, com a publicação, em 1939, da peça Continuação da Comédia, a sua revelação como dramaturgo) e na Seara Nova. Autor de um trabalho de referência sobre a vida e obra de Raul Brandão, na crítica e na dramaturgia, a obra de João Pedro de Andrade resulta da tentativa, nem sempre compreendida pelos contemporâneos, de conciliar o colectivo e o individual, a finalidade social da arte com a qualidade estética da obra artística, o empenhamento com a profundidade da análise psicológica. É ainda tradutor de vários autores franceses, com especial destaque para a tradução do teatro de Camus.

Bibliografia: A Outra Face da Vida, 1934; Continuação da Comédia, 1939; Teatro, 1941; Transviados, s/l, 1941; O Saudoso Extinto, 1947; A Inimiga dos Homens, 1951; Cegos, peça em 1 acto, Sá da Bandeira, 1963; O Diabo e o Frade, Lisboa, 1963; A Comédia: O Teatro Que Ri, Lisboa, 1993; Castelos..., Lisboa, 1923; A Hora Secreta, Lisboa, 1942; O Problema do Romance Português Contemporâneo, Lisboa, 1942; A Poesia da Moderníssima Geração, Porto, 1943; Raul Brandão, Lisboa, 195- " (in, INFOPÉDIA)

[Aniversário de SEARA NOVA]