domingo, outubro 03, 2010

Deputado pede jantar na cantina

Por isso a política me mete nojo.
Por isso os políticos são a mesma "porcaria" de sempre.
Por isso eu espero nunca perder um amigo por causa de assuntos de política, até porque não lhe (à política) ligo o suficiente para que tal possa acontecer.
No entanto, não posso deixar de, mais uma vez, realçar o que tantas vezes já tem sido dito, principalmente por aqueles que são mais directamente atingidos: quem se lixa é sempre o mexilhão.
E desta vez não é diferente!
O pacote que foi anunciado durante a semana, manda apertar o cinto aos mesmos de sempre, e, claro, que há os mesmos de sempre que ficam fora dos sacrifícios dos cidadãos deste país.
E depois há os que, como esse senhor deputado do PS, ainda goza com o resto do pessoal.

"Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite, eu ia lá jantar. Eu e muitos outros deputados da província. Quase não temos dinheiro para comer", afirmou Ricardo Gonçalves ao CM, repetindo o que tinha dito na última Ricardo Gonçalvesreunião do grupo parlamentar do PS, perante as medidas de austeridade do Governo.

O deputado socialista, que aufere cerca de 3700 euros mensais, reagiu assim ao corte de 5% que será aplicado de forma progressiva na Função Pública a quem recebe mais de 1500 euros. "Tenho 60 euros de ajudas de custos por dia. Temos de pagar viagens, alojamento e comer fora. Acha que dá para tudo? Não dá", referiu Ricardo Gonçalves para argumentar a sugestão que fez de a Assembleia da República abrir a cantina à hora do jantar.

Ricardo Gonçalves admite que lançou um repto irónico aos colegas de bancada, mas afirma que o assunto é sério, e que a classe política também é muito atingida pelas medidas de austeridade. "Estamos todos a apertar o cinto, e os deputados são de longe os mais atingidos na carteira", reafirma o socialista Ricardo Gonçalves.

O deputado ousou até discutir o assunto com José Sócrates. "Até foi uma discussão muito forte. Disse--lhe que as medidas já deviam ter sido aplicadas há mais tempo e que ele tem de explicar muito bem aos portugueses porque é que as contas de 2010 ainda não estão certas". referiu Ricardo Gonçalves. (Ver aqui)

E tal como os meus alunos costumam fazer, termino como comecei:
Por isso (e muito mais) a política me mete nojo.

4 comentários:

  1. E a mim também, Romicas. Tanto nojo me mete que nem vejo entrevistas com polícos; já não aguento tanta falta de ética, tanta mentira e corrupção; era o que faltava vir um deputado dizer que ganha pouco...coitados...se ganhassem pouco de certeza que não queriam lá estar; os verdadeiros líderes, aqueles que faziam política por vocação já há muito não existem, infelizmente. Eu sempre voto, e de certeza que votarei para presidente, mas reconheço que as escolhas que temos são de desiludir; dá vontade mesmo de não comparecer àquele que considero ser um dos actos mais importantes de um cidadão; se tanto lutámos pela liberdade e pelo direito de escolher os nossos governantes é nossa obrigação votar, mas, confesso...é de desanimar!!! Beijinhos, amiga, e uma boa semana
    Emília

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  2. Oi,
    Este faz-me lembrar aquilo que o Almeida Santos disse, "... que o povo também tinha de sofrer, não eram só os políticos a sofrer com a crise...",, ora vindo de quem vêm acabem lá com o "sofrimento destes infelizes".
    Bjs

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  3. Emília, é isso mesmo. Se de início ainda havia entusiasmo nos momentos das eleições, agora são uma obrigação ou apenas a tentativa de prevenir um mal maior...
    Vamos ver o que ainda nos espera.
    Um beijinho

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  4. Bom, Fernando, esse ainda é pior, mas temos de dar o desconto da idade.
    E ainda há quem se dê ao trabalho de ouvir estes idiotas que pensam que têm a razão na "barriga".
    Um beijo

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