Não tenho culpa de ter vivido sempre numa cidade grande e de gostar de espaços grandes, no que diz respeito a esplanadas.
Na cidade onde vivo, o conceito de esplanada quase que se limita a três mesas num passeio à frente do café, num espaço limitadíssimo, de tal forma que toda a gente ouve a conversa do lado, mesmo que não tenha intenção disso. Então, estamos sujeitos a ouvir confidências sobre alguém que não está presente ou, muito simplesmente, uma enxurrada de palavrões, se temos o azar de ficar sentados ao lado de uma mesa de jovens.
À beira rio, temos uma zona ribeirinha que é uma maravilha e, na minha opinião, a zona mais bonita da cidade. Tem um quiosque com uma esplanada que, poderia ser um lugar maravilhoso para se passarem umas horitas agradáveis a ler, a conversar com amigos, a trabalhar (porque não?), só que… não há bela sem senão e, neste caso, lá está a música em altos berros, os tais jovens que não sabem dizer uma pequena frase sem que dois terços das palavras sejam palavrões… e o ambiente está estragado. Como eu acho que também tenho direito a não violentar nem os os meus ouvidos nem a minha maneira de ser ou estar… muito simplesmente, não vou a esses sítios.
O que não deixa de ser uma pena e eu lamente profundamente.
Mas há esperança!
Desde há muito que estava projectado um espaço com café, esplanada, “espelho de água”, num local aprazível, por entre grandes sobreiros, junto à zona desportiva. (Também havia um campo de mini-golfe, mas esse, coitado, também não saiu da cepa torta: puseram lá os “objectos” necessários para o jogo, cercaram com rede e fecharam. Agora serve para levarmos lá os cãezitos, já que é um local seguro para os deixarmos correr à solta.) Segundo parece, esse espaço está prestes a ser terminado e, sim senhora, parece que será um local muito agradável, como se pode adivinhar pelas fotos.
Tal como num casamento, em que os convidados, além dos noivos, claro, é que o fazem ser bonito ou nem tanto, também os clientes deste espaço farão com que seja agradável ou não. Está na mãos de quem for explorar o negócio, permitir, ou não, certos comportamentos, fazendo com que, pessoas como eu, sintam satisfação em se sentar num espaço que se espera que venha a ser muito bom.
As fotos foram tiradas no final da tarde, quando o sol começa a baixar e deixa uma luz que nos deixa confortados. Espero, no futuro, vir a sentar-me por ali, com um petisquinho, uma cervejinha fresca e até um bom livro como companhia.
Esta é a luz de fim de tarde, no Alentejo.
Agora, é só imaginar a esplanada e como
será bom passar uns momentos descansados.
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