sexta-feira, novembro 20, 2009

Agora é que são elas - as tintas...

Retirado do ProfBlog, vem mesmo a propósito.
Hoje recebi a minha avaliação e não gostei de tudo. Há coisas incompreensíveis e inaceitáveis, mas, como quem manda é o Director... ai de quem não for da mesma cor, ai de quem se tenha atrevido a apoiar a outra lista, ai de quem não aceitar as inverdades (acho piada à palavra...), ai de quem...
E mais uma vez confirmo o que sempre pensei: políticos! Ah!... raça maldita!
Acho que me vou dedicar um pouco a mim: os meus livros, a minha música, os meus blogs, as minhas fotos... Devo isso a mim própria e está na altura de parar um pouco e reflectir o que ando a fazer, principalmente no que se refere à minha vida profissional.

"Agora é que são elas – as tintas…

20.11.09 Publicada por Miguel Loureiro

Alguns Directores viveram, nos últimos dois anos, verdadeiros momentos de glória. De glória tiveram muito, de verdadeiros… muito pouco. Estavam eleitos quando surge um governo que lhes deu poder para tudo e para nada.
Depressa se dividiram, de um lado os que se colocaram do lado da escola, dos professores e da serenidade, convocaram reuniões gerais, apoiaram os colegas na recusa de entregar os objectivos individuais, demonstraram a inexequibilidade do processo, uniram-se em reuniões de Directores e provaram que é possível gerir e defender a qualidade da escola pública.
Do outro lado os que defenderam a sua pele, abandonaram as reuniões gerais, fizeram da avaliação a sua bandeira, pressionaram a entrega de OI, atemorizaram e usaram a avaliação para castigar alguns colegas. É claro que quem dedicou dois anos de vida a fazer cumprir uma legislação absurda e impraticável, não deixou espaço para a aplicar de forma justa, não cumpriu religiosamente os procedimentos, criou animosidade, mal-estar, revolta calada e muitos sofrimentos.

Eis que, os pais da avaliação não resistem, perdem a maioria absoluta, defendem a sua pele e, ao ser empossados, se preparam para deixar cair bandeiras como a divisão da carreira e a própria avaliação. Neste contexto, os Directores que defenderam as suas medidas vivem momentos difíceis.
Não cumpriram prazos, nomearam os Titulares para avaliadores, mesmo reconhecendo a sua incompetência, fizeram a avaliação à pressa e com consistência duvidosa. Aos olhos de observadores mais atentos, os processos e a forma não pareciam muito claros, nem muito sérios. Mesmo que o fossem, isso não transparecia. Mas… “à mulher de César não lhe basta sê-lo, tem que parecê-lo”, e não pareceu.

Os momentos difíceis estão só no início. A classificação atribuída pelos avaliadores da componente pedagógica foi absurda, incongruente e, para os conhecedores das escolas, pouco séria. Por sua vez, os Directores em vez de afixarem a avaliação de forma pública, fazem-na distribuir por subalternos e nem assinam o documento. Também não parece sério.

Agora é que são elas, os professores avaliados podem ter verdadeiros momentos de glória. Podem reclamar de tudo isto e mostrar que não vale tudo, em matéria de Educação. "

1 comentário:

  1. De facto, amiga, agora é que são elas; que se cuidem aqueles que não usaram de seriedade, que foram não pelas suas convicções, mas pela cor política or por outra qualquer cor. Isso nunca dá certo, mas as pessoas não se convencem. Vamos ver no que dá semelhante trapalhada! Um beijinho e espero que tudo isto se acalme para que os bons professores, os que só se intressam por abraçar a « cor » do aluno possam trabalhar em paz e sossego. Um bom fim se semana, apesar das atribulações.
    Emília

    ResponderEliminar