Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida…
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago…
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim…
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Muito lindo minha amiga.
ResponderEliminarGrande beijo para você.
Obrigada, Ana, por passar por aqui.
ResponderEliminarUm beijo também para Gilbamar.
Como gosto de Florbela, da sua sensibilidade à flor da pela tão presente na sua poesia.
ResponderEliminarA tristeza dela é a tristeza da mulher que busca um amor pleno sem nunca o ter encontrado.
Beijinhos
Minha querida
ResponderEliminarGosto muito da Florbela Espanca, já lhe chamei a poetisa da sensibilidade.
Espero que este poema não te reflicta, hoje.
Bjs
O poema é reflexo de uma mulher sofrida, mas uma grande poetisa.
ResponderEliminarLindo como expressão de sentimentos...
A fotografia está lindíssima...
Fica a pulga atrás da orelha. Será que é reflexo de alguma nostalgia por parte da minha amiga???
Um beijo
Pois é, há dias assim...
ResponderEliminarFelizmente também passam.
Bjs