sábado, setembro 05, 2009

Christiania, Dinamarca



Hoje, n' A Bola, e por causa do "belo jogo" entre a nossa selecção e a da Dinamarca, vinha um artigo sobre Christiania, escrito por Miguel Cardoso Pereira.
Automaticamente, deixei-me transportar ao ano 2001, quando andei por Copenhaga e, claro, fui ao tal bairro "... antiga base militar ocupada por hippies e anarquistas nos anos 70, onde a polícia só vai em rusgas e onde ficam cafés que, por graça, anotam os horários das últimas. (...) A Cidade Livre de Christiania não existe no papel, excepto no que enrola a erva da infame Rua Pusher (...) As casas coloridas, músicos, pintores, artesãos, bêbados, drogados, ladrões. Choque de gostos em local livre , sim (...) Ao sair, um cartaz: Vai entrar na UE. Europa onde tudo é cada vez mais igual: lojas, roupas, refeições, carros, as ideias, os outros, eu. "
Eramos um grupo de professoras de três países, sendo dois deles Portugal e Itália, além da própria Dinamarca. Como tal, a nossa viagem por Christiania foi especial porque tinhamos guias locais que nos contavam as histórias, algumas delas de algum familiar que teria vivido por ali.
Curiosa como sou, fui reparando que havia mais do que a droga nas bancas e alguns dos pormenores eram menos desagradáveis do que poderiam parecer à primeira vista. Bom, mas isto foi em 2001 e o relato feito pelo jornalista é de agora. Muita água passou debaixo da ponte...
Falta-me ainda dizer que, nessa noite, fomos a um restaurante (naquela época não era café) que era a coqueluche dos dinamarqueses e posso garantir que fomos muito bem atendidas. O empregado era liiiiiindo e uma simpatia. E todas as tradições foram quebradas: se os dinamarqueses, num restaurante, não ocupam as mesas mais do que o tempo estritamente necessário para a refeição, nós fomos ficando na conversa; se cada dinamarquês pede a sua sobremesa e não há qualquer partilha de sabores, nós pedimos 3 sobremesas diferentes e 6 colheres. Resta dizer que , onde estão mulheres latinas, nunca mais as coisas são iguais.
Este é um voltar atrás no tempo com uma recordação muito agradável, depois de 8 anos passados, e, claro, lá saiu o album das fotografias da prateleira para, pela milionésima vez, ver e rever aqueles momentos vividos na companhia de colegas/amigas, duas das quais voltarei a ver em Outubro, desta vez em Konya, Turquia.


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