Já repararam que, daqui a uma semana já é dia de Natal?
Mal o ano começa, os dias vão passando sem darmos conta e logo chega o frio e o 25 de Dezembro está aí.
Será que posso confessar uma coisa?
Já há alguns anos que o Natal não tem o mesmo significado para mim. E parece que cada vez é pior.
Quando era pequena, adorava sair para a Missa do Galo com os meus pais, pois sabia que, quando chegássemos a casa, na chaminé estaria, pelo menos, um presente (bom, havia sempre mais um ou dois) no meu sapato. Naquele tempo era assim: era o nosso sapato que ia para a chaminé, junto do fogão.
Lembro, principalmente, quando eu tinha 4 anos, e o meu presente foi um "chorão", daqueles de braços abertos, cabelos louros, imitando um bebé. Segundo o que a minha mãe contou, eu fiquei de tal maneira contente, que ela teve medo que me acontecesse alguma coisa. Parecia que eu nem respirava de emoção. Mas as coisas ainda não tinham acabado. Ainda havia outra surpresa: um carrinho para passear o "chorão" e aí rebentei. Agarrei-me à minha mãe e disse " A minha mamã é muito minha amiga! Deu-me um chorão e um carrinho! A minha mamã gosta tanto de mim!!" (quantas vezes ouvi a minha mãe a contar esta história...).
E ainda hoje eu tenho esse boneco, vestido com um babygrow que foi do meu filho e gosto de olhar e recordar.
Mas o tempo passou e a verdade veio à tona: não havia Menino Jesus nem Pai Natal e a magia desapareceu.
Na minha casa, não sabíamos quem dava os presentes, não íamos ao Supermercado com os pais comprar os presentes e a magia existia mesmo. Era uma sensação muito boa, que tentei transmitir aos meus filhos enquanto foi possível. E com eles voltou um pouco do Natal que eu conhecera com os meus pais. Nunca houve presentes debaixo da árvore de Natal, duas ou três semanas antes do dia; faziam listas de pedidos, com desenhos, para mandar para o Pai Natal; eram distraídos enquanto o Pai Natal tocava à porta e saia a correr sem realmente ser visto, deixando, então os presentes para cada um. E aí era a alegria total, a falta de ar perante a surpresa dos embrulhos que surgem junto da árvore, o rasgar dos papéis para descobrirem o que lhes era oferecido.
Só que essa magia também desapareceu e agora já cada um escolhe no catálogo do Expresso ou na net, aquilo que querem. E vão aos Centros Comerciais ver o modelo do telemóvel ou do portátil...
E é uma correria desenfreada para comprar, comprar, comprar... (Recuso!
Definitivamente, esta não é a minha época preferida, embora goste de desejar um Bom Natal e Próspero Ano Novo a todos os meus amigos. E desejo mesmo!
Mal o ano começa, os dias vão passando sem darmos conta e logo chega o frio e o 25 de Dezembro está aí.
Será que posso confessar uma coisa?
Já há alguns anos que o Natal não tem o mesmo significado para mim. E parece que cada vez é pior.
Quando era pequena, adorava sair para a Missa do Galo com os meus pais, pois sabia que, quando chegássemos a casa, na chaminé estaria, pelo menos, um presente (bom, havia sempre mais um ou dois) no meu sapato. Naquele tempo era assim: era o nosso sapato que ia para a chaminé, junto do fogão.
Lembro, principalmente, quando eu tinha 4 anos, e o meu presente foi um "chorão", daqueles de braços abertos, cabelos louros, imitando um bebé. Segundo o que a minha mãe contou, eu fiquei de tal maneira contente, que ela teve medo que me acontecesse alguma coisa. Parecia que eu nem respirava de emoção. Mas as coisas ainda não tinham acabado. Ainda havia outra surpresa: um carrinho para passear o "chorão" e aí rebentei. Agarrei-me à minha mãe e disse " A minha mamã é muito minha amiga! Deu-me um chorão e um carrinho! A minha mamã gosta tanto de mim!!" (quantas vezes ouvi a minha mãe a contar esta história...).
E ainda hoje eu tenho esse boneco, vestido com um babygrow que foi do meu filho e gosto de olhar e recordar.
Mas o tempo passou e a verdade veio à tona: não havia Menino Jesus nem Pai Natal e a magia desapareceu.
Na minha casa, não sabíamos quem dava os presentes, não íamos ao Supermercado com os pais comprar os presentes e a magia existia mesmo. Era uma sensação muito boa, que tentei transmitir aos meus filhos enquanto foi possível. E com eles voltou um pouco do Natal que eu conhecera com os meus pais. Nunca houve presentes debaixo da árvore de Natal, duas ou três semanas antes do dia; faziam listas de pedidos, com desenhos, para mandar para o Pai Natal; eram distraídos enquanto o Pai Natal tocava à porta e saia a correr sem realmente ser visto, deixando, então os presentes para cada um. E aí era a alegria total, a falta de ar perante a surpresa dos embrulhos que surgem junto da árvore, o rasgar dos papéis para descobrirem o que lhes era oferecido.
Só que essa magia também desapareceu e agora já cada um escolhe no catálogo do Expresso ou na net, aquilo que querem. E vão aos Centros Comerciais ver o modelo do telemóvel ou do portátil...
E é uma correria desenfreada para comprar, comprar, comprar... (Recuso!
Definitivamente, esta não é a minha época preferida, embora goste de desejar um Bom Natal e Próspero Ano Novo a todos os meus amigos. E desejo mesmo!
Já tinha 7 anos de idade quando a magia se desvaneceu um pouco. Um primo meu disse-me que era tempo de eu deixar de acreditar que o Menino Jesus é que trazia as prendas de Natal, pela calada da noite.
ResponderEliminarFiz o possivel para não acreditar no meu primo, porque para mim, mais do que as prendas ( poucas ) era a fantasia, a noite mal dormida à espera de poder ir á chaminé ver os presentes, que constituiam o sortilégio do Natal...
Ohh, o post está tao giro! :)
ResponderEliminarPor acaso ainda hoje não sei como raio é que se dava o tal fenomeno do Pai Natal bater a porta, nós irmos ver, não estar la ninguem, e quando voltavamos a sala, estava a árvore cheia de prendas à volta. Ahah.
FELIZ NATAL, EVERYBODY! :D
(um portatilzinho é que já ia, já...)
Tão bom termos sido criados, nesta "magia". Boas recordações, tenho eu, sobre o Natal!!! Ao ver o "chorão", recordei-me dessa Noite tão mágica! Talvez, Romicas, não te lembres, mas o "chorão, foi-me dado precisamente nesse ano. Ainda o tenho, e bem estimado. Talvez não saibas (mas ficou-me marcado), pois quando vinhamos a chegar a casa, já eu tinha recebido os presente, vinhas tu com os teus Pais da Missa do Galo, e nas escadas a tua Mãe disse: "Nininha tem aqui um chocolate. Lembro-me, como se fosse hoje, a côr do papel que o embrulhava. Azul e Branco. O que eu senti, ao "saber que o Menino Jesus, tinha passado na tua casa e se tinha lembrado de mim"! Obrigada
ResponderEliminarpor neste espaço, ter tido a oportunidade de recordar "O VERDADEIRO NATAL"! BOAS FESTAS PARA TODOS.