Mais uma vez, estou plenamente de acordo com o que Ramiro Marques escreve no ProfBlog. Este assunto "Diretores" tem muito que se lhe diga e já anteriormente dei a minha opinião.
Não percebo muito bem como é que a democracia deu o fim dos reitores dos liceus e agora aparece esta figura à frente de um estabelecimento de ensino, com TODOS os poderes e mais algum. Se por acaso calha na mão errada...
Claro que este "calha" é um pouco forçado. Afinal de contas, um diretor é colocado à frente da escola por eleição de um grupo de pessoas que fazem parte do dito Conselho Geral. Por isso, tudo depende de quem faz parte desse tal Conselho... Se forem todos da mesma cor, se partilharem ideais, gostos, palmadinhas nas contas e segredos ao ouvido, é lógico que está tudo controlado. Seja para o bem ou para o mal.
Felizmente, ainda há pessoas com bom fundo moral, com valores válidos e possíveis de serem transmitidos a toda uma população escolar... É só procurá-los...com uma lupa.
"Se vivêssemos numa sociedade social, avessa a compadrios, golpadas e nepotismo, seria capaz de concordar que os directores tivessem uma palavra determinante no recrutamento dos professores. Seria uma forma de aplicação da máxima que eu defendo: as tomadas de decisões devem ser feitas pelas estruturas de maior proximidade.
Infelizmente, não é isso que acontece na sociedade portuguesa e os elevados níveis de corrupção nas estruturas do poder local bem como a existência de muitos directores com falta de competência técnica e pedagógica levam-me a considerar que seria uma tragédia substituir os concursos nacionais de contratação de professores por concursos locais.
Fazê-lo seria abrir as portas à falta de seriedade.
Não quero com isto dizer que os concursos nacionais de contratação de professores sejam um bom instrumento para recrutar docentes. Não são. Ter em conta apenas a graduação profissional, com base na classificação final da licenciatura/mestrado, tempo de serviço e o resultado da avaliação de desempenho é quase o mesmo que contratar às escuras.
Todos sabemos que existe uma enorme disparidade de critérios de exigência nas Universidades e Politécnicos. E é também sabido que uma classificação final de curso elevada não garante um bom desempenho. Tão pouco o tempo de serviço ou os resultados de uma avaliação de desempenho que é uma farsa.
Defendo, por isso, que se mantenha a contratação através de concursos nacionais. É um mal menor. Mais um paradoxo de um sistema estatal que, para evitar a corrupção no processo de recrutamento de professores, exige centralismo.
Uma forma de reduzir os danos no processo de contratação seria criar um ano probatório a sério com assistência a aulas, acompanhamento sistemático por um professor pós-graduado em supervisão e com uma prova pública no final do período probatório." (in ProfBlog)
Tens razão, Romicas. Se não for por concurso nacional, não adianta, será por cunhas; já acontece isso na oferta de escolas; colocam na internet como a lei manda, mas no fim vai quem tiver lá uma cunha; tenho provas disso pela minha filha. Enfim...mal por mal que continue pelo concurso nacional de professores. Um beijinho e até breve
ResponderEliminarEmília