“ A Felicidade é a estação intermédia entre a carência e o excesso.”
Quem viu a Grande Reportagem da Sic, ontem, após o Telejornal, sobre uma família de portugueses na Noruega, sabe o que esta frase quer dizer.
Também é certo que não é preciso viver na Noruega para que essa frase faça sentido, mas, infelizmente, cada vez mais, este pensamento se afasta do pensamento das pessoas. Comprar mais e melhor do que o vizinho tem, parece ser o lema de muita gente.
Ver imagens sobre a Noruega, como sempre acontece quando as reportagens incidem sobre algum local onde já estive, fez-me “voltar” àquelas terras longínquas e de que eu tanto gostei. E lá vieram as recordações e lá voltaram as milhentas fotografias…
Mesmo para quem gosta de viajar, como eu gosto, há sempre os locais favoritos e as terras norueguesas fazem parte da minha lista: os amigos, os fiordes, as paisagens, o sol da meia-noite, a aurora boreal, as casinhas típicas, pintadas de vermelho, a simplicidade da vida vivida por alguém que tem tudo o que precisa e que, nos fins-de-semana, ajuda o vizinho a melhorar a cozinha ou a casa-de-banho, ou que, muito simplesmente, partilha a preparação da festa do casamento da filha do vizinho, no barracão comunitário (também construído por todos).
Imagine-se o que é fazer um churrasco na neve… vestidos com kispos bem quentes.
Imagine-se o que é uma colorida marinada onde estão mergulhadas postas de salmão, que, só de olhar para elas, nos fazem crescer água na boca…
Imagine-se o que é andar na rua, às duas da manhã, com a luz do dia…
Só não gosto de imaginar o reverso da medalha: os dias em que não há a luz do dia. Gosto muito do Sol e esse, sim, seria um problema. Tal como a flor que tem o mesmo nome, também eu preciso de sol para me sentir viva e bem disposta.
Recordações felizes…
Que saudades…
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