terça-feira, novembro 02, 2010

Encerramento do cinema de Chaves

Estamos no país em que tudo encerra. Sejam fábricas, lojas ou cinemas.

Eu sou fã do grande ecrã e não há cópias sacadas da internet que me convençam. Por variadíssimas razões, começando pelo tamanho do computador e terminando nas legendas em “Português do Brasil”, que é coisa que me irrita à brava. Não é por não gostar do sotaque e até gosto imenso de algumas expressParmer1ões giríssimas que os brasileiros utilizam, mas em questão de legendas, prefiro que sejam em português de Portugal.

Claro que poder-se-á dizer que também se pode ver na televisão e, hoje em dia, com os plasmas, até que já nem é tão mau assim. Mas para mim, não. Tem de ser no GRANDE ECRÃ!!

Para já, é uma saída de casa. Depois, estar numa sala grande, com outras pessoas, com as imagens grandes a passarem… sei lá, é outra coisa.

Cá na terra temos uma sala de cinema e teatro que, depois de arranjada, ficou uma BOA sala de cinema. Só é pena que não seja levada “muito a sério” e que, cada IDA AO CINEMA, seja quase uma incógnita: o que irá acontecer neste sábado?

Normalmente somos poucos e já há os clientes habituais. Há alturas em que vou todos os sábados com uma amiga. É preciso aproveitar o que ainda há. Agora, o que não se pode acreditar é que, em pleno século XXI, numa cidade (não interessa se é do Alentejo ou de qualquer outro lado do país), num cinema-teatro todo “XPTO”, tenhamos de levar mantas por causa do frio que se faz sentir. Sim, porque o ar condicionado (que não arrefe-..-IICManager-Upload-IMG--NewDelhi-cinema5ce no verão Triste), em vez de aquecer no inverno, manda ar FRIO Triste para dentro da sala... Difícil de acreditar? E se eu disser que há pessoas que levam sacos de água quente dentro das malas? Ai, porque já lá foram para arranjardizem que não se pode fazer nadaque estão à espera do técnico… E nós lá vamos andando de mantinha na mão! Entre outras coisas que são, igualmente, de bradar aos céus. De quem é a responsabilidade? De quem é a culpa? Como sempre, “acaba solteira”.

Bom, mas todo este desabafo começou por causa do fecho de mais um cinema.

3 comentários:

  1. é uma pena irmos perdendo casas de cultura...
    e essa aí com boas condições físicas teria que
    ter um defeito...e a negligência a imperar!
    O que vale são as mantas e assim se vai em Potugal,uns bem e outros mal...

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  2. É isso mesmo, Olinda.
    E nós, que ainda gostamos destas coisas, lá vamos tendo esperança que o da nossa terra não feche. E vamos ao cinema e ao teatro, com a manta e o saco de água quente na mala...
    Bjs

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  3. Neste assunto sou muito parecida com a Romicas. Adoro cinema, mas não na televisão; gosto de sair para ver um filme e é raro vir decepcionada; consigo sempre ver algo de bom nele. Aqui em Famalicãio já não há nenhum; tinhamos uma bela sala de espectáculos onde não só viamos filmes,mas também teatro. Pois esse cinema foi encerrado e o pior é que até o edificio, lindo e antigo foi abaixo; lá foi construido um predio de apartamentos. Felizmente que há poucos anos se construi a " Casa das artes" onde se realizam todo o tipo de espectáculos e de vez enquando alguns filmes, embora poucos. Para cinema temos mesmo que ir ao Porto ou a Braga cujas salas de cinema se encontram nos shoppings. Mas sabe uma coisa, os últimos filmes que cá vi tinham como espectadoras no máximo 6 pessoas; houve até uma vez que fui ver um filme que tinha ganhado um oscar e só estavámos eu, o meu marido e mais um casal amigo; as pessoas perderam o hábito de ir ao cinema; preferem o conforto do sofá e sendo assim é dificil manter uma sala de cinema.Quando regressei do Brasil, há vinte anos, havia cá uma sala num shopping, 4 num hipermercado, além do tal cinema que foi derrubado; tudo teve que fechar por falta de público; o que me deixou pena foi terem destruido um prédio tão bonito e com tanta história. A cultura nunca foi a prioridade dos portugueses e assim sendo, não há outro remédio se não fechar cinemas e construir hipermercados; Aqui em Famalicão, cidade pequena temos todo os hipers que pode imaginar, uns colados aos outros, não contando os supermercados menores, no centro da cidade que também são muitos. Não sei como se aguentam. Um beijinho e...fique bem!
    Emília

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