Mais um dos tais dias mundiais que agora existem para tudo.
A verdade é que, embora more numa cidade pequena, passam-se semanas sem que veja os meus vizinhos. Parece impossível, mas uma delas, que mora no outro lado da rua, só encontro na escola, já que somos colegas.
Coisa incrível que é a nossa vida, sempre numa correria, de casa - escola, escola - casa e pouco mais. Sempre metida com o trabalho, com o pc e, apesar de ter um quintalito, é mais o tempo que passo dentro de casa do que o que passo a arranjar os canteiros. Ou porque não tenho tempo, ou porque está demasiado calor...
Não é apenas por falta de tempo ou trabalho a mais, mas também porque o meu feitio é esse mesmo: gosto de ficar no meu canto.
Quando era miúda e vivia num prédio em Coimbra, os vizinhos eram a nossa família. As pessoas conheciam-se desde sempre, os filhos cresciam ali desde pequenitos e havia uma ligação muito grande. Agora, já adulta, as coisas são diferentes e cada vizinho tem a sua vida.
Mas é muito bom saber que temos os nossos vizinhos no lado e à frente. Sobretudo quando temos a sorte de serem pessoas de bem, com quem podemos ter conversas agradáveis, com quem podemos partilhar as vitórias e as derrotas do clube desportivo, ou, muito simplesmente, para pedirmos uma cebola, bem na hora do jantar.
Ó vizinho, ora bom dia
como vai a saudinha?
eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e este tempo?
a chuva dá pouco alento...
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o carteiro?
que se engana no correio...
e eu não sei falar de amor...
e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...
a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...
e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar
e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar
Ó vizinho e a novela?
será que ele ficou com ela?
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o respeito?
não se leva nada a peito...
e eu não sei falar de amor...
refrão
Ó vizinho então Adeus
vou cuidar de sonhos meus
que eu não sei falar de amor...
como vai a saudinha?
eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e este tempo?
a chuva dá pouco alento...
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o carteiro?
que se engana no correio...
e eu não sei falar de amor...
e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...
a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...
e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar
e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar
Ó vizinho e a novela?
será que ele ficou com ela?
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o respeito?
não se leva nada a peito...
e eu não sei falar de amor...
refrão
Ó vizinho então Adeus
vou cuidar de sonhos meus
que eu não sei falar de amor...
Mais um dia que desconhecia. Sou como a Romicas, gosto de estar no meu canto, mas dou muito valor à boa vizinhança; moro em apartamento ,mas tenho uma vizinha a quem peço a dita cebola, a quem deixo a minha chave e a quem a minha filha recorre se por acaso, quando estou fora, lhe acontecer alguma coisa de mais grave; o irmão vive na Régua e pt não a pode socorrer se por acaso tiver algo de noite. Acho também que sou uma boa vizinha, embora não tenha por hábito andar de casa em casa. Um beijinho amiga!
ResponderEliminarEmília