segunda-feira, maio 31, 2010

Outro professor agredido por um pai.

Eu não me sinto mal, eu sinto NOJO! (tanto pela acção do pai, como pela figura dos filhos)

sexta-feira, maio 28, 2010

Finnsnes, Noruega

Há cinco anos fui, pela primeira vez, à Noruega, um dos países que eu mais queria visitar.
Já o disse antes, e repito, sinto uma enorme curiosidade por países "diferentes" de Portugal, quer por aspectos sociais, geográficos, ambientais...E se os Projectos Europeus têm como objectivos principais o desenvolvimento escolar, linguístico e cívico dos nossos alunos, a verdade é que também têm uma enorme importância para os professores que os acompanham. E eu sou um desses professores.

Os Projectos de Parcerias Comenius envolvem alunos e professores de váriso países europeus que se dispõem a trocar conhecimentos, gostos e vivências, na procura de uma identificação e comparação de culturas e valores europeus.

Desde pequena, no Parque de Campismo da Figueira da Foz, sempre procurei travar conhecimentos com o pessoal estrangeiro que por lá passava, não importando se sabia falar a língua deles ou se dizia palavars erradas ou se não sabia onde ficava a "Scotland" (situação real que ainda hoje me faz corar), apesar de já ter a obrigação de o saber.
Talvez, por isso mesmo, tenha enveredado por um curso de línguas, embora hoje esteja "reduzida" a ser professora de Língua Portuguesa.

O facilidade que tenho de falar algumas línguas e o agrado com que travo conhecimento com pessoas de outras nacionalidades, impeliram-me para os Projectos Europeus e tento transmitir tudo isto, tanto aos meus filhos aos meus alunos.

Já em Outubro estivemos em Konya, na Turquia e agora foi a vez de Finnsnes, na Noruega, bem lá no norte, acima do Círculo Polar Ártico. LINDO!

Para quem goste de muito movimento, muita gente, discotecas e barulho, não aconselho estas paragens. Agora, se a Natureza faz parte das suas preferências, se é capaz de ficar de boca aberta com a beleza da sua multiplicidade de cores, dos altos e baixos das montanhas e vales ou da imensidão calma dos fiordes, então este é o local certo para visitar.

No dia 19, alunos e professores saíram da escola em dois autocarros com três objectivos: visitar uma fábrica de transformação de peixe, incluindo o nosso famoso Bacalhau da Noruega, a "Trollândia" e... ver o sol da meia-noite. As primeiras já conhecia, embora houvesse novidades e quanto ao sol, fazia parte do meu imaginário, sem sequer fazer ideia da sensação que iria ter quando os dois ponteiros ficassem sobrepostos.

Pois foi esta maravilha que pude admirar dum sítio bem alto, onde podíamos ver a linha do horizonte, na qual o sol nunca mergulhou. Estávamos todos extasiados, ou pelo menos os "estrangeiros" que fizeram tudo para conseguirmos aguentar até àquela hora.


terça-feira, maio 25, 2010

Dia Mundial do Vizinho


Mais um dos tais dias mundiais que agora existem para tudo.

A verdade é que, embora more numa cidade pequena, passam-se semanas sem que veja os meus vizinhos. Parece impossível, mas uma delas, que mora no outro lado da rua, só encontro na escola, já que somos colegas.

Coisa incrível que é a nossa vida, sempre numa correria, de casa - escola, escola - casa e pouco mais. Sempre metida com o trabalho, com o pc e, apesar de ter um quintalito, é mais o tempo que passo dentro de casa do que o que passo a arranjar os canteiros. Ou porque não tenho tempo, ou porque está demasiado calor...

Não é apenas por falta de tempo ou trabalho a mais, mas também porque o meu feitio é esse mesmo: gosto de ficar no meu canto.

Quando era miúda e vivia num prédio em Coimbra, os vizinhos eram a nossa família. As pessoas conheciam-se desde sempre, os filhos cresciam ali desde pequenitos e havia uma ligação muito grande. Agora, já adulta, as coisas são diferentes e cada vizinho tem a sua vida.

Mas é muito bom saber que temos os nossos vizinhos no lado e à frente. Sobretudo quando temos a sorte de serem pessoas de bem, com quem podemos ter conversas agradáveis, com quem podemos partilhar as vitórias e as derrotas do clube desportivo, ou, muito simplesmente, para pedirmos uma cebola, bem na hora do jantar.

Ó vizinho, ora bom dia
como vai a saudinha?
eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e este tempo?
a chuva dá pouco alento...
e eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o carteiro?
que se engana no correio...
e eu não sei falar de amor...

e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...

a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...

e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar

e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar

Ó vizinho e a novela?
será que ele ficou com ela?
e eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o respeito?
não se leva nada a peito...
e eu não sei falar de amor...
refrão

Ó vizinho então Adeus
vou cuidar de sonhos meus
que eu não sei falar de amor...

quarta-feira, maio 12, 2010

Também já só faltava esta





" Vejam isto. A falta de respeito pelos professores já chegou às editoras. É um livro para crianças. Uma publicação infeliz da editora Civilização.

Nos tempos que vivemos nas nossas escolas isto é a "cereja no topo do bolo"...Virou moda "bater" nos professores e considerá-los os bodes expiatórios dos males da sociedade.

É inaceitável este tratamento à nossa classe ou a quem quer que seja! O livro tem a função de educar e construir e este, em poucas palavras, deita por terra o nosso trabalho de pais e de educadores.

É com pena que divulgo este caso até porque a Civilização Editora já prestou grandes serviços à Cultura Portuguesa." (in ProfBlog)

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Ramiro Marques, mais uma vez, tem razão no que divulga e nas coisas que coloca no blog, de forma chamar a nossa atenção para algumas aberrações que vão surgindo.
Esta então...
Quer se queira, quer não, a televisão, os jornais, os livros (...) são "canais" que, de certa forma, influenciam a sociedade e a nossa juventude em particular. Afinal, ser jovem significa aprender, absorver tudo o que rodeia e serve de estímulo, de exemplo para um comportamento a ter.
Daí que nunca tenha apreciado os "Morangos com Açúcar", pelos exemplos que transmite sobre a maneira de agir, conviver, dos ditos jovens, com os adultos que os rodeiam, quer sejam os professores ou mesmo os pais. Gostos, eu tenho os meus e, definitivamente, essa série não me agrada nem um bocadinho.
E agora faltava mais este exemplo. Pelo menos a falta de respeito começa mais cedo. Lindo!

terça-feira, maio 11, 2010

Um bom exemplo, mas que demorou muito a resolver-se


Pai de aluna condenado pelo Supremo a pagar 10 mil euros a professora por injúria agravada


Um belo exemplo, mas que, pelos vistos, demorou muito tempo a resolver: aconteceu em 2001 e só agora saiu a sentença?
Sei que mais vale tarde que nunca, mas acho que foi demasiado tempo.

Os factos remontam a 7 de Março de 2001, quando, numa reunião naquela escola, o encarregado de educação apelidou a professora de História da Arte e Oficina de Artes de "mentirosa", "bandalho", "aberração para o ensino" e "incompetente".

A reunião fora solicitada pelo encarregado de educação, alegadamente para obter esclarecimentos acerca das muitas faltas da professora. Num trimestre, a docente faltara onze vezes por ter fracturado uma perna.

Além daqueles insultos, o pai acusou ainda a professora de falta de profissionalismo, de "mandar bocas" à filha, de terminar as aulas "10 minutos antes do toque e pedir aos alunos para dizerem aos funcionários que estavam a sair de um teste" e de na véspera dos testes dizer aos alunos "ipsis verbis" a matéria que iria sair. Aconselhou ainda a professora a procurar tratamento psiquiátrico "urgente".

A professora, com 20 anos de profissão, pôs uma queixa-crime em tribunal, acabando o encarregado de educação por ser condenado pelo crime de injúria agravada. A docente avançou também com uma acção cível, pedindo uma indemnização de quase 19 mil euros por danos patrimoniais e de 15 mil por danos não patrimoniais.

O tribunal decidiu fixar a indemnização em 10 mil euros, mas o arguido recorreu, alegando que as expressões foram proferidas por "um pai preocupado e protector", num contexto de "nervosismo e tensão". Alegou ainda que "não era previsível que as suas palavras desencadeassem um processo contínuo de sofrimento, stress e tristeza além do sentimento de desvalorização pessoal e da dignidade e reputação" da professora. Defendeu igualmente que as consequências das suas palavras para a professora "devem mais ser consideradas como incómodos ou contrariedades do que verdadeiros danos".

Mas o tribunal manteve a condenação ao pagamento de 10 mil euros, considerando que a professora, face às "graves ofensas" de que foi alvo, ficou afectada na sua dignidade e reputação, o que lhe veio a causar um "rol de enfermidades", dele resultando "um quadro clínico de acidente vascular cerebral, acompanhado de síndrome depressivo grave, com oclusão da vista esquerda, com risco de cegueira". O STJ considera mesmo que a indemnização de 10 mil euros "é um nada", já que "a dor de alma é, sem receios de exageros, incomensurável" (in PÚBLICO, 11.05.2010).

domingo, maio 09, 2010

Queima das Fitas em Coimbra


Já lá vão uns anitos, desde que saí de Coimbra e mais alguns ainda, desde que acabei o curso e passei a ser dos Antigos Estudantes.
Agora é a vez da minha filha e este ano é a nossa caloira.
TODAS AS FELICIDADES DO MUNDO!!!!!




domingo, maio 02, 2010

Sinto saudades...

[Flores preferidas da minha mãe]

(foto retirada daqui)

Deve ser da idade, mas cada vez mais me lembro da minha mãe e este dia torna-se sempre mais especial.

Faz 10 anos que a Dª Celeste se foi, mas devem ser poucos os dias que não me vem à cabeça.

Tínhamos uma relação especial, porque eu era especial para ela e entrei na sua vida de forma igualmente especial. Por isso, também ela era uma mãe especial para mim.

Tivemos os nossos sonhos, ela queria o melhor para mim e sei que alguns desses sonhos foram realizados. Outros talvez não, mas a vida é mesmo assim.
Nem sempre concordámos e houve momentos em que entrámos em choque. Mas qual é a mãe e a filha que não têm momentos desses?
Hoje eu compreendo muitas das coisas que não queria ouvir e, talvez porque tenho dois filhos, sei melhor o que a minha mãe me queria dizer e porque o fazia.

É isso! Deve ser a idade...
Deve ser por isso que sinto tanto a sua falta para lhe contar as coisas que me fazem feliz, para lhe mostrar as coisas lindas que os netos fazem, e por vezes, para chorar no seu ombro...

É isso! Deve ser a idade...

Dia da Mãe


"As mais antigas celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo de Quaresma (40 dias antes da Páscoa) um dia chamado “Domingo da Mãe”, que pretendia homenagear todas as mães inglesas. Neste período, a maior parte da classe baixa inglesa trabalhava longe de casa e vivia com os patrões. No Domingo da Mãe, os servos tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.

À medida que o Cristianismo se espalhou pela Europa passou a homenagear-se a “Igreja Mãe” – a força espiritual que lhes dava vida e os protegia do mal. Ao longo dos tempos a festa da Igreja foi-se confundindo com a celebração do Domingo da Mãe. As pessoas começaram a homenagear tanto as suas mães como a Igreja.

Nos Estados Unidos, a comemoração de um dia dedicado às mães foi sugerida pela primeira vez em 1872 por Julia Ward Howe e algumas apoiantes, que se uniram contra a crueldade da guerra e lutavam, principalmente, por um dia dedicado à paz.

A maioria das fontes é unânime acerca da ideia da criação de um Dia da Mãe. A ideia partiu de Anna Jarvis, que em 1904, quando a sua mãe morreu, chamou a atenção na igreja de Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois, a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton, reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a sra. Jarvis enviou para a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de 10.000 cravos para a igreja de Grafton – encarnados para as mães ainda vivas e brancos para as já desaparecidas – e que são hoje considerados mundialmente com símbolos de pureza, força e resistência das mães.

Segundo Anna Jarvis seria objectivo deste dia tomarmos novas medidas para um pensamento mais activo sobre as nossas mães. Através de palavras, presentes, actos de afecto e de todas as maneiras possíveis deveríamos proporcionar-lhe prazer e trazer felicidade ao seu coração todos os dias, mantendo sempre na lembrança o Dia da Mãe.

Face à aceitação geral, a sra. Jarvis e os seus apoiantes começaram a escrever a pessoas influentes, como ministros, homens de negócios e políticos com o intuito de estabelecer um Dia da Mãe a nível nacional, o que daria às mães o justo estatuto de suporte da família e da nação.

A campanha foi de tal forma bem sucedida que em 1911 era celebrado em praticamente todos os estados. Em 1914, o Presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente e a nível nacional o 2º Domingo de Maio como o Dia da Mãe.

Hoje em dia, muitos de nós celebram o Dia da Mãe com pouco conhecimento de como tudo começou. No entanto, podemos identificar-nos com o respeito, o amor e a honra demonstrados por Anna Jarvis há 96 anos atrás.

Apesar de ter passado quase um século, o amor que foi oficialmente reconhecido em 1907 é o mesmo amor que é celebrado hoje e, à nossa maneira, podemos fazer deste um dia muito especial.

E é o que fazem praticamente todos os países, apesar de cada um escolher diferentes datas ao longo do ano para homenagear aquela que nos põe no mundo.

Em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de Dezembro, mas actualmente o Dia da Mãe é no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo."