20 anos já se passaram e há imagens que não se esquecem.
Esta é uma data que não se pode deixar passar em branco, principalmente agora, que os ânimos, um pouco por todo o lado, parecem começar a questionar o modo como se anda a tratar a democracia.
" Pormenor de um tanque a passar por cima de estudantes. Aconteceu no dia 4 de Junho de 1989. Comemora-se hoje o 20º aniversário. As autoridades chinesas bloquearam, desde o dia 1 de Junho, o acesso ao You Tube, Twitter, Hotmail, Messenger, Facebook, plataforma Blogger e plataforma Wordpress. Milhões de blogues continuam bloqueados. Milhões de páginas Web com a indicação "não é possível aceder". Passados 20 anos, o regime chinês ainda não revelou os nomes dos mortos. Não existe acordo sobre os números. A Cruz Vermelha Chinesa fala em 2600 mortos. Eram estudantes com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos. Fontes ligadas às organizações de estudantes que promoveram os protestos falam em 7 mil mortos. Curvo-me perante a memória dos estudantes mortos. Às famílias e amigos, gostaria de dizer apenas isto: um dia, a praça de Tianamen terá um obelisco com os nomes dos estudantes assassinados naquele fatídico dia. O sacrifício não foi em vão. O exemplo dos estudantes de Pequim ecoa nas mentes e nos corações de todos os amantes da democracia."
Para saber mais
- O massacre de Tianamen na Wikipedia
- China bloqueia sites no 20º aniversário do massacre
- Tank Man - O massacre de Tianamen
(in, ProfAvaliação)
A pouco e pouco, nalguns países do mundo, estas atrocidades estão gradualmente a desaparecer. Mas ainda faltam muitos, infelizmente...
ResponderEliminarA China, apesar de alguma abertura que se tem notado nos últimos anos, mais motivada por exclusivos interesses económicos,ainda não reconhece, apesar de tudo, as suas tremendas culpas neste massacre, apesar de já terem passado 20 anos!
É um país milenar, onde as coisas andam a ritmo muito lento...
É preciso que continuem a sentir a pressão forte dos democratas e dos humanistas para acelerarem esse ritmo.
Rui Felício
Lembro-me tão bem dessa época! Dava aulas ao 9.º ano, em Ponte de Sor, e lembro-me de substituirmos os manuais pelos jornais, no final desse ano lectivo. Era uma época inebriante, a liberdade irrompia por todos os lados: o Muro de Berlim tinha caído, os regimes comunistas do Leste abanavam, sem o suporte musculado da União Soviética mergulhada em plena "perestroika", e os manuais de História ficavam desactualizados. Só a China não se moveu em direcção à liberdade. E, no entanto, domina o novo mundo e nós curvamo-nos perante o seu gigantesco sucesso económico. Esquecemo-nos do que está por trás dele.
ResponderEliminarBjs