sábado, dezembro 31, 2011

Feliz Ano Novo...

FELIZ ANO NOVO

para TODOS os meus amigos


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segunda-feira, dezembro 26, 2011

Fernando Pessoa

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Feliz Natal!!

segunda-feira, dezembro 19, 2011

" O meu Natal!" - Jorge Monteiro


Como não sei pôr as palavras em forma de poema, para expressar o que me vai cá dentro, por vezes encontro esses feelings nas palavras dos outros e gosto de colocar aqui.
Parece tão fácil, mas, acreditem, não é.

"Já não ponho o meu sapato à chaminé,
já não tenho um pai natal em que acredite,
foi-se o tempo de brincar às escondidas com os pais,
e ouvir cantigas de embalar...e eu sonhava!
Já não tenho o meu Jesus que me visite
pois o tempo não permite regressar ao que eu amava!

O meu pai natal ficou nas nuvens,
num castelo de saudade,em pequenito
trazia brinquedos e sorrisos
num saco que eu julgava infinito!

O tempo nos transforma e envelhece,
ainda ontem eram outras as pessoas,
esse dia vinte e quatro me enternece
faz lembrar essas coisas muito boas,
que a gente mesmo em velhos nunca esquece!..."


Jorge Fernando Ferreira Monteiro

terça-feira, dezembro 13, 2011

Acerca da desmotivação dos alunos #2

Como já aconteceu uma vez, volto a colocar aqui o comentário da amiga Emília, do blog Começar de Novo, porque acho que deve ser divulgado, devido à importância do assunto: a educação dos nosso alunos e tudo o que se relaciona com a sua vida escolar e familiar.

" E eu também assino! Quando eu era criança as escolas não tinham aquecimento, não havia merenda e havia muita fome em casa de muitos. Os mais pobres nem um pãozinho levavam para lanchar e não havia quem lhes desse um. O que se diz de muitas crianças de hoje? Que tem " mimo a mais " Pois é isso que penso dos alunos de agora. Os pais dão-lhes prémios se se comportarem bem, se tirarem boas notas; não tem que premiar, tem que exigir, pois é essa a obrigação deles. Dão-lhes telemóvel ainda no 1º ciclo, carro aos 18; dão-lhes tudo menos princípios, obrigações, disciplina Na aldeia onde nasci, assim como em muitas outras, havia muita miséria, mas sairam de lá muitos licenciados que tinham como única motivação a educação dada em casa, a vida de sacrifíco que os pais tinham, a vontade de terem condições melhores no futuro. Eu com 10 anos saí de casa e tive de ficar hospedada em casa de uma senhora, porque, embora o Liceu não fosse longe( meia hora de carro) não havia transportes e os pais não tinham carro para irem buscar os filhos todos os dias no fim das aulas. Nas universidades viam-se os carros dos professores e agora veem-se carrões dos alunos. É tudo isto, todo este conforto, toda esta falta de exigência da parte dos pais que tira a motivação aos alunos. Quando falam na minha frente que esta é uma geração à rasca eu fico indignada e digo: A nossa sim era à rasca, mas soube desenrascar-se. Agora não há emprego, a crise é grande; Tudo isso é verdade, mas como foi na nossa geração? Eu casei, mas tive que viver com os meus pais apesar de ter o curso de secretariado e estar a trabalhar numa grande empresa; não havia dinheiro e muito menos emprestimos ou subsídios ; não tinha outro jeito senão morar com eles até conseguir dinheiro meu. Em Outubro de 76 tive que ir para o Brasil e naquela época muita gente se foi e porquê? Porque depois da revolução muitas empresas tiveram que fechar, porque os trabalhadores interpretaram mal o significado de liberdade e tomaram conta das empresas. E antes de mim, como foi a geração dos meus pais? Muito pior ainda.Isto não era estar à rasca? Tem comparação com oos dias de hoje? É por isso que eu sempre digo que as crises tem o seu lado bom e esta não vai fugir à regra. Portanto, Romicas o problema continua a ser o facilitismo e a falta de educação em casa.
Os pais tem que começar a entender que o papel principal na formação dos filhos é deles e se continuarem a tratá-los como coitadinhos, eles serão mesmo uns completos enrascados. Um beijinho, amiga e desculpe o testamento, mas este assunto dos nossos jovens choca-me e às vezes tenho até pena deles, porque, apesar da fartura, não tem o principal: Pais de verdade que os saibam preparar para uma verdadeira cidadania."

Emília

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Acerca da desmotivação dos alunos

" De uma vez por todas se caia na realidade e se deixe de pedir aos professores aquilo que não lhes compete. Estratégias para isto, estratégias para aquilo; lidar com a indisciplina, lidar com a desmotivação. Aos professores não se deve pedir que arranjem estratégias para resolver esses problemas, pois isso é admitir que eles são situações normais, correntes e com tendência a perpetuar-se. Simplesmente não se pode admitir que eles existam como norma.

A escola pública oferece um ensino gratuito (gratuito!, à exceção da aquisição do material escolar), onde os alunos podem usufruir de refeições a um preço pouco mais do que simbólico, em regra com bons e ótimos equipamentos e professores. Os alunos mais carenciados têm comparticipação parcial ou total na aquisição dos seus materiais, nas
refeições e nos transportes. De um modo geral os programas são adequados às faixas etárias e ao tipo de sociedade que é o nosso. Estas condições por si só não são mais do que satisfatórias para que os alunos e as suas famílias se sintam naturalmente motivados? De que raio de motivação extra precisam os alunos?

Em África, na Ásia e na América Latina há centenas de milhões de crianças e jovens que frequentam escolas (os que têm essa sorte) em condições miseráveis. E aí muitos deles estão bem mais motivados do que os nossos. Serão os seus professores melhores do que nós? Possuirão eles as tais estratégias mágicas que nós, tecnologicamente apetrechados, não conseguimos vislumbrar?

É mais do que evidente que a motivação é uma treta quando colocada nas mãos dos professores, mas uma realidade quando olhamos para os sítios onde reside a sua génese: na sociedade em geral, nas famílias, em quem nos governa e na legislação obtusa que se produz. Por isso, os professores não têm que motivar quando não há motivos de origem
pedagógica para o tipo de desmotivação com que deparam.

A mesma reflexão deve ser feita em relação à indisciplina, que também não é um problema que o professor tenha que resolver. A indisciplina é uma questão que, simplesmente e em circunstâncias normais, não deveria existir! Em circunstâncias normais, para resolver problemas pontuais de indisciplina o professor deveria precisar apenas de uma palavra:
"Rua!"

Se houver comportamentos desadequados nas salas de espera e nos gabinetes médicos dos hospitais serão os médicos a resolvê-las? Se a mesma coisa acontecer numa repartição de finanças são os funcionários que vão resolver? Num restaurante, num meio de transporte, numa sala de espetáculos...?

Ora, o professor não tem que motivar nem disciplinar, tem apenas que ensinar, que é aquilo que se lhe pede cada vez menos. Nessas matérias peçam-se, pois, responsabilidades a quem realmente as tem, senão daqui a 50 anos quem cá estiver estará ainda a falar do mesmo."

António Galrinho


Eu assino por baixo e ainda poderia acrescentar umas tantas coisinhas sobre quem deveria ter a responsabilidade do bom funcionamento das escolas, já que têm os poderes todos para as gerir. Façam valer esse poder nos moldes mais corretos e de forma a darem condições aos professores para fazerem aquilo que lhes compete: ENSINAR.